domingo, 5 de maio de 2013

Receita para crescer em Profundidade

Quantas vezes você já falou para Deus que queria estar mais perto Dele? Que queria conhecê-Lo mais? Ou então falou ou cantou outras frases ou declarações no sentido de querer crescer no seu relacionamento com Deus.
Se a sua resposta for sim, eu quero te fazer uma pergunta: Quanto tempo você tem dedicado para estar com Ele e conhecê-Lo mais?
Ah você pode me dizer: mas minha vida é tão corrida, eu não tenho tempo! Tenho muita coisa pra fazer! Meu trabalho e meus estudos exigem demais de mim! E eu acredito em você, afinal de contas o ativismo é algo tão normal hoje em dia, parece que se não estivermos ocupados não conseguiremos a aceitação das pessoas, pois não somos "importantes".
Mas a boa noticia é que você tem uma escolha, ou continua com a sua vida maluca buscando sempre a aceitação das pessoas ou aprofundar o seu relacionamento com Deus.
Caso você escolha a segunda opção, quero deixar aqui três estratégias que venho tentando todos os dias aplicar a minha vida e que podem te ajudar nesse processo.
1 - Em vez de aumentar a velocidade, diminua e repense. 
Quando o mundo todo fala que o negócio é andar rápido que tal parar e repensar, tentar descobrir o que realmente importa. Isso se você quiser sair da superficialidade e lançar raízes profundas no solo das coisas que realmente importam.
2 - Em vez de falar mais fique quieta e reflita.
É engraçado como as pessoas tem dificuldade em ficar em silêncio, e ai as palavras estão em toda parte, mas é preciso silenciar para ouvir a voz do Pai, é preciso silenciar para refletirmos sobre a nossa vida. Então pare de falar e ouça.
3 - Em vez de procurar uma posição de poder fique quieto e relaxe
Parece que quanto mais alto nosso cargo, mais seremos vistos pelos homens. Pois seremos importantes, populares e teremos prestigio. Esquecemos que a cultura do Reino é o contrário disso tudo.
Então deixe Deus conduzir sua vida, se concentre em ouvir a voz Dele e em obedecer e o mais Ele fará. E não se esqueça não é quanto você é usado Por Deus que conta e sim o relacionamento que você desenvolve no secreto com Ele.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ser Gente

"Bem aventurado os mansos porque eles herdarão a terra. Mt 5.5"

Se olharmos para a historia vamos ver que os grandes conquistadores sempre chegaram guerrearam e usurparam a terra. Havia neles uma grande necessidade de provar que era fortes, e ainda hoje encontramos pessoas assim. Na grande maioria das vezes o que leva as pessoas a tentarem provar algo para as outras é a falta de identidade, de saber quem elas são de fato.

Falta neles a conquista de sua própria intimidade pessoal, a tranquilidade do seu próprio coração e a segurança gerada pela certeza de uma identidade sanada. E então saem por ai em busca de conquistar territórios geográficos, bens pessoais, fama, status e por ai vai, não param nunca.

Você já percebeu que os valentes, os poderosos e os famosos não podem andar a qualquer hora, em qualquer lugar. Não conseguem viver publicamente, pela ameaça de seus inimigos, mas também não podem desfrutar da privacidade, por conta da invasão de bajuladores.

Um grande amigo meu, chamado Carlos Queiroz, diz que: "Mais sábio do que aquele que conquista impérios e palácios é aquele que tem domínio de si mesmo, que sabe gerenciar e desfrutar bem todas as potencialidades humanas. Quem ama a vida e, como consequência herda espaço no coração de outros."

Mas onde entra a mansidão? Perdemos a mansidão quando instalamos em nossa vida o paradigma da vitoria a partir da derrota do outro. Pois os valentes vêem o mundo como uma arena, já os mansos vêem como um espaço abundante onde há lugar para todos.

Vamos olhar a figura de Jesus, ele podia chamar a si mesmo de "manso e humilde de coração", Ele sabia quem era. Era o reconhecimento de sua identidade que dava a Jesus a condição de ser manso. Ele fez milagres extraordinários, morreu de uma forma espetacular, mas se nada disso tivesse acontecido ele continua a ser Ele mesmo. Tudo que Ele fez não foi para promover-se para que os outros aprendessem Dele. Ele é o nosso modelo de mansidão e humildade.

Quem é manso, sabe que depende inteiramente de Deus, ao contrário dos valentes que acham que precisam agir na própria força para provar algo para as pessoas. O manso não, ele vive de tal forma a sua condição de ser que não sente necessidade de provar aos outros coisa alguma, nem de competir por aquilo que não são.

A ação de um discípulo de Cristo não depende em essência, da forma como os outros agem. Ele não se permite contaminar pelo mal que alguém pode lhe fazer mas quer preservar seu caráter e sua dignidade. Os mansos não precisam provar nem que são mansos.

E finalmente, a cruz foi para Jesus o ultimo sinal visível de sua mansidão. Assim também o discípulo também é desafiado a negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz. Mas só nega a si mesmo quem é manso, e só quem sabe o valor de simplesmente ser é realmente manso.



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O batismo da sensibilidade


Bem aventurado os que choram porque serão consolados. Mateus 5.4

Os seres humanos foram dotados de sensibilidade. A frieza, indiferença, apatia entre outros sentimentos dessa natureza são manifestações daqueles que se permitiram ser atingidos pelo mal e tornaram-se infelizes e porque não dizer até desumanos. Humanos choram suas próprias dores, sentem na pele a dos outros, ficam indignados diante da injustiça. Os que choram são felizes por conseguirem preservar a sua natureza, sua vocação de ser gente. Podemos afirmar então que chorar é também uma condição espiritual, um modo de ser do discípulo de Jesus.

O choro ao qual Jesus se refere não é apenas o ato lacrimal, uma função biológica que todos possuímos ou uma descarga emocional. Essa sensibilidade a qual Ele se refere é uma virtude daqueles que se percebem bem pela felicidade de serem portadores da compaixão de Deus - choro que gera felicidade é a com-paixão pela vida.

Sem essa compaixão que geme e intercede, clamor que busca em Deus socorro para os fragilizados, o choro é apenas uma descarga emocional. Os discípulos choram e são felizes porque o choro vem como sinal da humanidade interior redimida. Eles reconhecem suas limitações, as confessam, se arrependem de seus pecados. E na confissão encontram a alegria de serem amados e acolhidos pelo perdão de Deus.

O discípulo não é feliz apenas pelo acolhimento do perdão mas também pela esperança de consolação proveniente de Deus.

E finalmente os que choram são felizes porque tem, pelo Espírito, a sensibilidade de se colocar no lugar do outro, especialmente dos fracos, aflitos e necessitados. São felizes pela capacidade de amar livremente.








terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pobres de Espírito - plenamente despojados






Na grande maioria das vezes pensamos que uma pessoa pobre de espírito é aquela que tem uma condição sócio econômica baixa, que não tem muito estudo e por isso não se encaixa em alguns padrões da sociedade.
Mas quando Jesus disse: "Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus" (Mt 5.3), Ele se referia á uma condição espiritual, como uma condição da alma dependente exclusivamente de Deus. Pobre de espírito é alguém que sabe que não nada de valor em si mesmo e tudo que é ou tem vem do Pai Celestial.
Hoje o mundo nos chama a sermos independentes, nem nossos filhos querem mais depender de nós. Cada vez mais a independência vem fazendo parte de nossas vidas, de nossas atitudes e de nossas escolhas, um exemplo disso é ver como é difícil para as pessoas pedirem ajuda de outros.
Pobre de espírito é uma virtude, e é a base para uma vida cristã saudável, por isso é a primeira das bem aventuranças. E nós como cristãos desejosos de seguir os passos de Jesus precisamos resgatar essa virtude em nossas vidas e ser um canal de Deus na vida de nossos discípulos essa virtude.
Fica aqui então o desafio de alguém que por muito tempo lutou para não ser pobre de espírito por não entender o que isso na verdade significava, mas que hoje deseja mais do que nunca ser alguém desprovida de tudo e que depende única e exclusivamente do meu Pai Celestial.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Totalidade de ser um discípulo


Hoje quero refletir sobre a totalidade de ser um discípulo de Jesus. E a primeira coisa que precisamos entender é que a morte de Jesus na cruz teve um significado muito mais amplo do que apenas nos garantir de que iremos morar no céu. A vitoria da cruz nos garante que somos livres do pecado, nos dá autoridade para vencermos o inimigo, nos deu uma identidade e tantos outros benefícios mas ela também nos deu uma responsabilidade. Toda a vida de Jesus foi permeada por uma "causa", todos os seus milagres, seus sermões e parábolas tinham o propósito de reconciliar o homem com Deus-Pai. E essa causa não acabou com a morte de Jesus, mas a sua ressurreição fez com que "Sua causa" fosse compartilhada conosco.

Então se essa "Causa" foi compartilhada conosco, isso significa que todos temos uma chamado para passar adiante essa mesma causa. Gostamos de orar, cantar e até mesmo compartilhar com nossos irmãos em Cristo que amamos o Senhor, que queremos seguir os passos Dele, o Amado de nossas almas. Mas como isso funciona na prática em nossa vida? Porque se ficarmos somente na teoria e não sermos praticantes da Palavra seremos apenas lata vazia fazendo barulho.

Por isso precisamos gravar em nossos corações em mentes que fomos resgatados do mundo, tirados do meio da multidão, livres de toda condenação, mas isso não aconteceu para que vivêssemos isolados em nossas "comunidades cristãs", mas sim para que voltássemos para a multidão afim de resgatar outras vidas do engano do pecado. Jesus vivia no meio das multidões, Ele só se afastava delas para renovar suas forças no Pai. Vidas eram a prioridade para Jesus e deve ser a nossa também.

Então fica aqui um desafio para nós: CAUSA RECEBIDA É CAUSA COMPARTILHADA! Qual será a nossa escolha diante desse desafio?

terça-feira, 31 de maio de 2011

Livre arbítrio

Hoje estava lendo sobre o livre arbítrio e comecei a pensar em minha vida e como eu faço uso esse livre arbítrio. Deus nos fez livres, criou o homem com a liberdade de escolha. Ele preferiu que fosse assim a ter um mundo de brinquedo que só funcionaria quando ele apertasse um botão. Sabemos por experiência própria que basta uma coisa ser voluntária para que metade das pessoas não faça. Parece que só funcionamos na base da obrigação, o que detestamos....mas sabemos bem que não há outra maneira de fazer as coisas acontecerem.
E foi assim desde o princípio, creio que Deus sabia exatamente que ao nos dar o liberdade de escolha poderiamos usá-la tanto para bem quanto para o mal. Não tenho a ilusão de que alguém que fosse livre não teria a oportunidade de escolher o mal. Se alguém ou alguma coisa é livre para ser boa, é livre também para ser má.

Ao olhar para minha vida, posso ver um exemplo claro disso. Eu amo o Senhor mais que qualquer coisa na vida, o desejo do meu coração é agradá-lo com tudo que há mim: minhas atitudes, escolhas, pensamentos. Deveria ser fácil pra mim escolher sempre o que é bom não é mesmo?

Mas não funciona assim, por mais que eu tente não consigo e acabo cometendo ou escolhendo o mal. Me comparo à uma criança que sabe que se desobedecer vai entristecer os pais, mas é mais forte que ela e a desobediência acontece. Por causa do Edén a raiz do pecado foi colocada dentro de nós, seres humanos e ao conviver com ela todos os dias, lidamos com o mal. E a única maneira de vencermos isso é nos entregarmos nas mãos de nosso Pai Celestial para que com sua graça e misericórdia Ele nos ajude a usarmos esse livre arbítrio de uma melhor forma, ou seja a favor de nosso relacionamento com Deus. E se por você escolher o mal lembre-se: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça(I Jo 1.9).

injustiça.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um mito sobre a conversão

Um mito rodeia a igreja de hoje e tem causado danos incalculáveis: uma vez santo plenamente santo. Em outras palavras: uma vez que eu aceite Jesus Cristo como Senhor e Salvador, acena pra mim um futuro sem retrocesso e livre de pecado. O discipulado será uma historia irrepreensível de sucesso; a vida será um espiral ininterrupta de ascensão rumo a santidade. Diga isso ao pobre Pedro, que depois de na praia declarar por três vezes seu amor por JESUS, e depois de também receber a plenitude do Espírito no Pentateuco, ainda tinha inveja do sucesso apostólico de Paulo.

Muitas pessoas perguntaram a Brennan Maning, um brilhante escritor, Pastor e teólogo: Brennan , como é possível você ter se tornado um alcoólatra, depois de ter sido salvo? Ao que ele responde: É possível porque fui espancado e ferido pela solidão e pelo fracasso, porque fui desalentado, inseguro, cheio de culpa e deixei de olhar para Jesus. Porque meu encontro com Jesus Cristo não me transfigurou num anjo. Porque a justificação pela graça por meio da fé significa que fui posto num relacionamento correto com Deus, não transformado no equivalente de um paciente sedado em cima de uma mesa de hospital.

Que assim como ele nós possamos ter esse entendimento de que se não buscarmos a santidade todos os dias, o pecado vai bater a nossa porta e nós vamos dar vazão a ele. Que venhamos a entender de uma vez por todas que a vida cristã é de glória em glória, se faz todos os dias, por isso que as misericórdias do Senhor se renovam todos os dias sobre a nossa vida.